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sábado, abril 20, 2024

Maggi acredita que Mato Grosso passará sem grandes problemas pela crise mundial

Mato Grosso não deve ser muito afetado pela crise mundial que embala os noticiários econômicos. Durante coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (13.10), o governador do Estado, Blairo Maggi, ressaltou que boa parte dos contratos envolvendo empresas mato-grossenses foram firmados em um período anterior à crise, e por isso não sofrerão influência da variação cambial do dólar.
O momento seria de uma falta de confiança geral, onde reflexos podem acontecer para menos de 15% dos produtores do Estado. Eles podem sofrer restrições na obtenção de crédito caso o tentem com bancos internacionais.
“É como se estivéssemos no meio de um terremoto e todos estão em lugares seguros. Está tremendo e o mercado ainda não sabe o que está acontecendo, ainda não saíram para ver os feridos”, disse o governador em analogia à crise econômica. Ele explicou que boa parte dos empresários mato-grossenses possuem como fonte de crédito o Banco do Brasil e trades, os que estiverem com suas contas em dia não terão problemas em conseguir financiamentos.
O mercado deve retornar ao normal rapidamente na opinião de Maggi, ele citou como exemplo as medidas adotadas pelos bancos mundiais. “Se ocorrer algo mais grave, os governos de vários países irão agir conjuntamente comprando cadernetas de bancos”. Essa notícia de ação conjunta, explica o chefe do Executivo, trará mais calma ao mercado internacional e ajudará o fim da crise.
Em outra analogia, o governador comparou o sistema financeiro brasileiro com uma árvore, onde o Banco Central responde pelo tronco e os demais bancos seriam os galhos. No Brasil o BC teria o controle central do assunto, devido a outras crises já atravessadas, a instituição sabe das particularidades dos bancos, enquanto na economia internacional, muitos Bancos Centrais não tinham controle sobre os bancos que deviam acompanhar a movimentação financeira.
De maneira geral, avalia o governador, a crise é grande, mas o Brasil está mais preparado para superar a crise, muito mais que no passado. O efeito da crise seria sentido nos próximos anos, principalmente com a diminuição do Produto Interno Bruto (PIB). “Esperamos para o próximo ano um PIB no Brasil entre 3,5% e 4%, o que seria ótimo, já que no mundo a previsão é de 2%”. A plena recuperação econômica deve acontecer entre três e quatro anos, presume Maggi.
Gás – Outro ponto citado pelo gestor durante a coletiva foi a crise no abastecimento de gás boliviano a Mato Grosso. O problema seria o debate do contrato entre a termoelétrica instalada em Cuiabá e a fornecedora na Bolívia, a YPFB. Esta fase já está solucionada, adianta o governador, agora existe uma distorção onde a empresa boliviana garante que existe uma dívida por parte da empresa brasileira e a termelétrica garante que não há.
Blairo Maggi apresentou que o Estado está analisando alternativas para que Mato Grosso receba o gás natural enquanto estas negociações não forem concluídas. Uma delas é o recebimento do gás vindo de Mato Grosso do Sul, por meio de caminhões. O gás seria utilizado para abastecer veículos e indústrias.
Redação/Secom-MT

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