22.4 C
Rondonópolis
quarta-feira, abril 24, 2024

Há 10 anos Gefron garante tranquilidade de moradores na região de fronteira

Com fiscalização nos três postos fixos avançados conhecidos como Avião Caído, Vila Cardoso e Matão, e patrulhamento volante nos locais detectados como via de tráfego de “mulas humanas” (pessoas que transportam drogas), bem como nos locais denominados “cabriteiras” (vias por onde passam veículos roubados), o Gefron vem conquistando a confiança de moradores e fazendeiros da região de fronteira.

Um exemplo disso é o fazendeiro de Porto Esperidião, Ozias Greve, que até a instalação do Gefron na fronteira temia comprar terras na região. “Antes do Gefron começar a atuar eu tinha muito medo de comprar terra por aqui, pois os bandidos entravam nas fazendas, roubavam trator, amarravam os empregados, quando não matavam as pessoas. Mas depois que foi criado o Gefron essa situação praticamente não existe mais”, disse Ozias.

Há 25 anos na região, o mecânico e presidente do Lions Clube de Porto Esperidião, Valmir César Barbosa, conta que já vivenciou cenas de violência na região antes da criação do Gefron. “Trabalho dia e noite prestando assistência mecânica em veículos de fazendeiros da região e já vivi momentos de pessoas me cercando na estrada. Hoje já ando tranquilo, sem nenhum problema com segurança”, destacou.

Um diferencial no trabalho do Gefron em 2012 é a atuação com a Inteligência Policial, dentro do Centro de Comando e Controle do Interior (C3i), inaugurado recentemente no município de Cáceres e que, segundo o secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado, é um grande avanço para a segurança na fronteira nos últimos anos.

“A atuação do Gefron em conjunto com esse escritório de Inteligência ajudará a segurança pública no combate mais qualificado dos crimes na região de fronteira, especialmente na identificação e prisão dos grandes fornecedores e intermediários de drogas que moram nos município de fronteira”, enfatizou Curado.

Segundo o secretário, existe a previsão de instalação de mais um escritório de Inteligência Policial em Pontes e Larceda, outro município da região de fronteira.

ATUAÇÃO

Além de atuar nos postos fixos do Avião Caído, Vila Cardoso e Matão, o Gefron trabalha em apoio ao Indea nos postos do Corixa e Corixinha e outros nove postos de fiscalização. A patrulha do Gefron também ocorre de forma fluvial, nos rios Paraguai e Jauru, uma vez que parte da fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, 233 quilômetros, é de região alagada.

Para conseguir combater o tráfico de drogas e fiscalizar toda a fronteira do Brasil com a Bolívia o Gefron conta com uma infraestrutura especial criada para facilitar e proporcionar um trabalho de qualidade à população.

O grupamento recebeu, no mês de dezembro de 2010, um helicóptero modelo Esquilo AS350 Plus para auxiliar no patrulhamento aéreo de fronteira. A aeronave encontra-se no hangar do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e fica à disposição do Gefron durante 15 dias, todo mês, para apoio nas operações ou patrulhamento preventivo. Conforme o secretário Diógenes Curado, a Polícia Rodoviária Estadual também deverá ter uma permanência maior nas rodovias estaduais em apoio ao Gefron.

OPERAÇÕES

Operações como Gênesis 1 e 2, realizadas pelo Gefron, e Ágata 1 e 2, Cadeado e Sentinela, de instituições federais com apoio do Gefron, entraram para a história e merecem destaque por apresentarem resultados satisfatórios contra o crime organizado na região de fronteira.

O Gefron também realiza diversas operações integradas e específicas, como a operação Pantanal, que aconteceu em 2011 na cidade de Poconé e região, com a prisão de 20 pessoas praticando os mais diversos crimes, como tráfico de drogas, evasão de divisa, contrabando e porte ilegal de arma. Durante a operação, o Gefron apreendeu grande quantidade de produtos ilegais, como fardos de meias, cobertores e artesanatos; 250 quilos de pescado; R$ 20 mil em espécie, 15 quilos de pasta base de cocaína, oito armas de fogo e três embarcações.

Dez mil pessoas, dois mil veículos e 2.700 mil motos foram abordadas e revistadas pelos policiais do grupamento durante os seis dias da operação Pantanal, que também aconteceu pontualmente em alguns dos 28 municípios da região de fronteira ao longo dos anos, combatendo não apenas o tráfico de drogas e armas, mas também outros tipos de crime.

Fonte:SECOM/MT

RELACIONADAS

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

OPINIÃO - FALA CIDADÃO