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quinta-feira, abril 18, 2024

A consciência negra no Brasil

No dia 20 de novembro celebra-se no Brasil o Dia Nacional da Consciência Negra. Foi escolhida esse dia para essa comemoração em memória à data em que, historicamente, no ano de 1695, tombava como o grande ícone da resistência do povo negro e da luta contra a escravidão. Zumbi, o negro que reuniu em Palmares (Alagoas) o primeiro quilombo e que foi o primeiro a levantar o brado de libertação dos escravos.
Coincidentemente, no último dia 15 o IBGE divulgou dados oficiais do Censo de 2010 e revelou que 51,6% da população brasileira se declarou negra ou parda. Na realidade, essa maioria é apenas do ponto de vista étnico, pois que a descriminação do negro, infelizmente, não obstante legislação que estabelece igualdade racial, ainda é patente em nossa sociedade Basta citar a discrepância salarial entre brancos, de um lado, e negros e pardos do outro. Entre indivíduos que exercem funções semelhantes, o salário dos brancos está em patamar superior. Frequentemente a mídia noticia fatos de racismo que ocorrem nos mais diversos segmentos da sociedade.
Diversas são as formas como o 20 de novembro é celebrado. Essa diversidade nos da a dimensão de como em torno dessa comemoração se têm congregado os mais diferentes grupos sociais. Os adeptos, por exemplo, dos cultos religiosos afros se manifestam em consonância com a sua cultura para dali tirar elementos de rejeição à situação em que se encontra grande parte da população afro-descendente. “Os acadêmicos e os militantes celebram através dos instrumentos clássicos de divulgação de ideias: simpósios, palestras, congressos e encontros; ou ainda a partir de feiras de artesanatos, livros, ou outras modalidades de expressão cultural. Grande parte da população envolvida celebra com sambão, churrasco e muita cerveja”, na expressão do historiador Andrelino Campos, da Faculdade de Formação de Professores, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Descriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública.
Falando em especial dos negros é válido lembrar a recomendação Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD:
“para conseguir romper o preconceito racial, o movimento negro brasileiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cinco séculos de discriminação”.
“É importante que se conquiste o “Dia Nacional da Consciência Negra” como o dia nacional de todos os brasileiros e brasileiras que lutam por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo toda a classe trabalhadora num projeto de nação que contemple a diversidade engendrada no nosso processo histórico”.

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