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quinta-feira, abril 18, 2024

Em quatro meses são 16 assassinatos sem resposta; a sociedade cobra solução

Vários crimes ocorridos nos últimos meses em Rondonópolis, principalmente aqueles contra a vida, tem chocado a sociedade por conta da violência empregada pelos executores e audácia na prática de cada um deles. Outra questão que intriga a sociedade é o fato de que vários deles continuam até hoje sem que a polícia apresente uma solução.
Entre os meses de julho a outubro vários assassinatos e tentativas de homicídio foram registrados em Rondonópolis, sendo que, nestes quatro meses observamos um acúmulo de 16 crimes sem resposta.
Vamos iniciar nossa retrospectiva pelo dia 30 de junho deste mês quando a advogada e empresária, Sandra Gatay Dib foi executada enquanto aguardava num sinal de trânsito na Avenida João Ponce de Arruda, bairro Cascalhinho.Sandra foi morta dentro do carro dela, com tiros à queima roupa. Apesar de a polícia ter ventilado a hipótese de que o crime esteja relacionado a questões comerciais, até hoje nenhuma resposta.
No dia 11 do mês seguinte a empresária CyntiaLijeron Gomez, também foi executada com tiros à queima roupa quando ela chegava na casa dela, região da Nova Vila Aurora. Cyntia era proprietária de algumas lojas no shopping da cidade. A polícia também apresentou de forma não oficial a hipótese de que este crime esteja ligado a questões financeiras e familiares, mas o caso também está sem solução, ainda. Vale ressaltar que a investigação sobre os dois assassinatos é de responsabilidade da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher.
Outros casos que ainda estão no zero a zero; no dia 3 de julho uma dupla tentativa de homicídio no show da cantora Ivete Sangalo. No dia 10 daquele mês, Francisco José Agostinho foi morto durante uma festa no bairro Campo Limpo. No dia 13 José Fábio da Silva também foi assassinado, este crime aconteceu no Jardim Rui Barbosa.
No dia 16 de julho Silvano Sérgio Bezerra foi vítima de homicídio, o crime foi praticado no Jardim Carlos Bezerra. No mês de agosto um homem foi encontrado morto; o corpo estava às margens da MT -130, na saída para a cidade de Poxoréu.
Chegamos ao mês de setembro e no segundo dia Ataíde RudiSott foi encontrado morto, amordaçado e amarrado na casa onde ele morava aos fundos de uma lanchonete no Jardim Pindorama. Cinco dias depois mais um crime contra a vida; Osair Rodrigues de Carvalho foi assassinado no Jardim Carlos Bezerra.
No dia seguinte, 8 de setembro, um crime bárbaro vitimou Wagner de Oliveira Batista, o travesti ‘Luana’ como era mais conhecido junto aos amigos. O corpo de Luana foi encontrado em frente à uma casa em construção no Jardim Morumbi. Ela foi degolada e o corpo desovado naquele local.
Ainda na primeira quinzena do mês, 14 de setembro, Alexandro Arruda da Silva, foi friamente assassinado com um tiro no ouvido enquanto comia espetinho. O crime aconteceu na Avenida João Ponce de Arruda, região da Vila Operária. E para fechar o mês, no dia 19, Israel de Oliveira Gonçalves foi morto no Jardim Ana Carla.
Outubro não está sendo diferente, já no primeiro dia do mês um homem foi encontrado morto a facadas no Jardim Nova Era. No dia 5 um crime audacioso no centro da cidade e em plena luz do dia. Eram 10 horas da manhã quando Wilson de Oliveira Soares foi brutalmente assassinado com vários tiros, a maior parte na cabeça e um deles na boca.
Dois dias depois, 7 de outubro, o empresário Ricardo Souza Lopes, proprietário de uma garagem, revenda de veículos usados, localizada na Avenida João Ponce de Arruda, área central de Rondonópolis, também foi executado de forma fria, calculista e brutal. Ele estava na empresa quando um homem usando capacete chegou a pé e com arma em punho. Foram vários tiros, cerca de cinco ou seis, a maior atingiu a cabeça, peito e o rosto da vítima que não teve tempo sequer para reagir.
No domingo seguinte, 9 de outubro, o caminhoneiro Geralcindo da Rosa, foi assassinado com dois tiros no peito em meio a uma briga de bar enquanto ele assistia a uma partida de futebol pela tv; o autor do crime seria outro caminhoneiro que fugiu depois do crime.
E finalmente fechando este balanço, no dia 23, último domingo, o menor A.L.S de 15 anos, matou o tio José Laurindo da Silva, de 29 anos, com dois tiros na cabeça. O crime que aconteceu no Residencial Lucia Maggi teve por motivação uma dívida de 10 Reais; o sobrinho queria receber naquele dia e o tio não tinha para pagar. Pagou com a vida.
Cada um dentro de sua jurisdição, mas o fato é que a sociedade aguarda por uma resposta da polícia para todos estes casos e, em especial aqueles onde de forma bastante explícita o autor, ou autores, afrontaram o sistema. Por Izabel Torres

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