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sábado, abril 20, 2024

BNDES libera R$ 25 bilhões para agricultura familiar

Em sua sétima visita ao Ceará, e terceira ao município de Quixadá, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou ontem a liberação de uma nova linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da ordem de R$ 25 bilhões, para o financiamento de 60 mil tratores e 60 mil equipamentos agrícolas para o desenvolvimento da agricultura familiar, no Brasil.
O anúncio foi feito durante solenidade de inauguração da nova Usina de Biodiesel da Petrobras Biocombustíveis, no distrito de Juatama, em Quixadá. Segundo o presidente, o financiamento terá taxa de juros de 2%, ao ano, dez anos para pagamento, com mais três anos de carência, para os produtores da agricultura familiar. ´Está na hora de financiarmos um grande programa de tecnologia, de assistência técnica, para que o produtor possa plantar o de comer e gerar renda´, declarou Lula, ao defender a compatibilidade da produção de biocombustíveis com culturas alimentares, a exemplo do consórcio da mamona, para produção de biodiesel, com feijão, no Ceará. ´Deixar de plantar alimentos para produzir biodiesel é burrice. Nenhum produtor em sã consciência vai deixar de encher o estômago para abastecer o tanque dos carros, mas juntar os dois é possível´, alertou o presidente, para uma platéia de produtores rurais, que participaram da inauguração da segunda usina de biodiesel da Petrobras. A primeira foi inaugurada em julho último, em Candeias, na Bahia.

Reação a críticas
Lula bradou contra os que criticam a produção de biocombustíveis, sob o argumento de que a produção de cana-de-açúcar (etanol) e de oleaginosas, para o biodiesel, vai substituir as áreas disponíveis para produção de alimentos. ´Não aceito que apontem dedo sujo de óleo, para quem quer produzir combustível limpo´, reagiu sob aplausos.
Em seu discurso, Lula reconheceu as dificuldades para o sucesso do programa de produção do biodiesel, mas disse que, enquanto não se produz mamona suficiente, pode se usar a soja, desde que ela não entre na matriz principal do programa. Ele alerta que, enquanto commodity, que tem preço variável no mercado internacional, ela pode inviabilizar o programa, no futuro.
Para ele, a soja deve ser utilizada na produção de biodiesel quando houver excesso de produção, o que servirá para regular os preços. Diante da baixa produção de oleaginosas, como a mamona e o girassol, Lula disse que o governo Federal irá apoiar os estados na construção de estradas vicinais a fim de facilitar o escoamento da produção para as usinas e delas para o mercado consumidor e pediu o apoio do agricultores, para o sucesso do programa.
´Os agricultores devem se organizar em associações produtivas, em cooperativas, mas de baixo para cima, porque se a decisão vier de cima para baixa, não vai dar certo´, pediu.
Para ele, o Brasil tem todas as condições para ser o ´campeão mundial do combustível renovável´.
,Portal do agronegócio

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