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quinta-feira, abril 18, 2024

Plano Agrícola libera R$ 65 bilhões para conter alta dos alimentos

Para financiar a próxima safra da agricultura empresarial, o Plano Agrícola e Pecuário 2008-2009 (PAP) terá R$ 65 bilhões, valor 12,1% superior ao da safra atual e 217% maior que o ofertado na safra 2002/2003. Um dos objetivos do governo com a liberação é elevar a produção de grãos no país e ajudar na contenção da alta dos preços mundiais. Amanhã, em Brasília, será anunciado o Plano de Agricultura Familiar, que prevê mais R$ 13 bilhões.

Do total liberado, R$ 45,4 bilhões serão a juros controlados, ou seja, com encargo financeiro de 6,75% ao ano. Isso representa 20% a mais em relação ao ciclo 2007-2008. O plano foi lançado nesta quarta-feira (2), em Curitiba (PR), pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes.

Stephanes disse, durante o lançamento, que a agricultura brasileira está sendo estruturada de uma forma geral com medidas de médio e longo prazos. Ele citou ainda que deve ser lançado até dezembro um programa de incentivo a produção de adubos e fertilizantes. Conforme o ministro, em um prazo de cinco a dez anos Brasil deve conquistar mais autonomia com relação a esses insumos básicos –hoje o país importa mais de 70% dos fertilizantes que consome.

Os recursos do PAP serão aplicados no custeio, comercialização e investimento da produção agropecuária. Além do aumento do volume de crédito, o PAP 2008-2009 terá a ampliação do limite de financiamento e de renda para alguns programas de investimento, reajuste de preços mínimos, especialmente para alimentos essenciais, como arroz, feijão, milho e trigo.

Além disso, nesta edição, o plano terá linha de crédito de R$ 1 bilhão para que os agricultores possam financiar a recuperação de áreas degradadas.
Além de ampliar a produção agrícola, são metas do PAP reduzir o impacto do aumento do custo para o produtor, garantir o abastecimento interno e aumentar a participação do agronegócio brasileiro no mercado internacional.

A expectativa do governo é que a produção cresça 5% na próxima safra, atingindo os 150 milhões de toneladas de grãos, fibras e cereais, o maior volume já registrado. Um dos resultados mais importantes desse aumento de produção é evitar que os preços dos alimentos continuem subindo.
Preços mínimos

Segundo o governo, os preços mínimos de garantia vigentes na safra 2007/2008 foram reajustados para recompor a alta do custo de produção agropecuária e se adequar à nova cotação das commodities.

A saca de 50 kg do arroz em casca nas regiões de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, por exemplo, passará de R$ 22 para R$ 25,80, reajuste de 17,27%.

A saca de 60 kg do feijão anão (principal tipo cultivado no Brasil) passará de R$ 48,42 para R$ 80, aumento de 65,22%. Já a saca de 60 kg de milho, nas regiões Sul, Sudeste, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal, passará de R$ 14 para R$ 16,50, crescimento de 17,86%

Folha online

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