A Anhanguera Educacional finalizou na última quarta-feira a aquisição do Centro de Ensino Superior de Rondonópolis (Cesur), sociedade mantenedora da Faculdade do Sul de Mato Grosso (Facsul), que conta com cerca de 2,8 mil alunos. O negócio recebeu investimentos de R$ 13,7 milhões. Esta é a 18ª aquisição da Anhanguera desde a abertura de capital, em abril deste ano.
O plano é a compra de pelo menos mais 24 instituições nos próximos dois anos. E para isso, não faltam recursos. O grupo, que já captou R$ 800 milhões no mercado acionário. Só em aquisições, a companhia já investiu cerca de R$ 170 milhões. A compra da Facsul vai consolidar a participação da empresa na região Centro-Oeste. Atualmente, a Anhanguera está presente em outros sete estados com um total de 48 instituições de ensino superior e mais de 145 mil alunos.
Segundo José Luís Poli, vice-presidente acadêmico da Anhanguera, as negociações duraram cerca de um ano. "Fazemos pesquisas na região desde março de 2007", afirma. Neste período, foram analisados quesitos como infra-estrutura e qualidade de ensino das instituições, além de identificar as demandas dos estu-dantes e mercado locais. "Nossa segunda opção seria montar um curso do zero, o que levaria pelo menos 1,5 ano para conseguir autorização do Ministério da Educação (MEC)." A Facsul tem hoje apenas oito cursos superiores.
"Vamos trazer para a cidade de Rondonópolis e arredores, que tem cerca de 450 mil habitantes, cursos técnicos superiores de curta duração, e também novos cursos como engenharia de produção, engenharia elétrica e engenharia mecatrônica", afirma. A Cesur conta hoje com um campus de 45 mil m e 15 mil de área construída. Todos os cursos da entidade receberam nota superior a 3, em uma escala de 1 a 5, na avaliação do Exame de Desempenho de Estudantes (Enade), o mesmo patamar de qualidade das demais instituições da Anhanguera.
Outro ponto semelhante é o preço. "Trabalhamos com valores muito próximos, o que garante o acesso ao ensino superior de qualidade", afirma Poli. Um curso de administração de empresas, por exemplo, custa aproximadamente R$ 380 por mês.
Fonte: Gazeta Mercantil
