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quarta-feira, abril 24, 2024

Consciência negra

“Consciência Negrs”

“Auriverde pendão da minha terra
Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que a luz do sol encerra 
E as promessas divinas da esperança… 
Tu que, da liberdade após a guerra, 
Foste hasteado dos heróis na lança 
Antes te houvessem roto na batalha, 
Que servires a um povo de mortalha!”
(Do poema Navio Negreiro” de CastroAlves)
' A estrofe acima extraida do poema de Castro Alves bem sintetiza a que foi a escravidãono Brasil e que aos nossos dias ainda não está de todo extinta.
Nessa semana o Brasil celebrou o “Dia da Consciência Negra” Na realidade, para povo brasileiro foi mais um ferado, mais um dia de folga nas lides diárias e que,por coinscidência, seguiu-se a uma segunda feira que por sua vez antecedeu ao 15 de novembro, Outro feriado que coincidiu com uma quinta feiraa. Dai resultou em um feriadão de seis dias, principalmente para o funcionalismo público de algumas cidades e municípios, inclusive o nosso. Foram dias de descanso? Não… foram dias perdidos de trabalho com evidentes prejuizos à administração pública .Mas… são coisas dese nosso Brasi.
O “Dia da Consciência Negra” foi estabelecido pelo projeto de lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003, no iníciodo Governo Lula. A escolha dessa data foi uma homenagem a Zumbi,o negrinnho alagoano que, em 1670, aos 15anos de idade,ainda no Brasil Colônia, lideou o primeiro movimento em busca da liberdade do negro no Brasil e que passou à história sob a denominação de Quiombo dos Palmares. Foi a 20 de novembro de 1695 que aquele destemido negrinho caiu varado pelas balas de um destacamento do exército comandado pelo bandeirante Paulista Domingos Jorge Velho. Ferido, foi aprisionado e posteriormente executado, tendo sua cabeça decepada e exposta em praça pública, em Recife,para servir de exemplo aos demais negros que, por ventura pensassem em se insurgir contra o poder constituido, em busca de liberdade para seu povo;
Foi escolhida assim essa data em homenagem a Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
Há que serconhecer que a homegem a Zumbi foi mais do que justa merecida ao primeiro personagem que a História registra como lider de um movimento contra a escravtura, ainda no Brasil Colonial. Há que se reconhecer, também, que, não obstante em 1888 a Princesa Izabel tenhad efinitivamente aboildo a escravidão. o nosso negro continuou ainda “escravo” por muitos e e mutos anos. E nãorao, ainda aos nossos dias surgemaqui e allí núcleos de “trabalho escravo”, dessa vez incluindo também brancos, pardos, indios e brasileiros oriundos de toda a missigenação da raça brasileira.
Na prática até bem poucos anos não eram recoonhecidos ao negro brasileiro direitos de cidadão. Sua presença era cerceada em locais diversos tais como agremiações, restaurantes e até em igrejas, a pontode em muitas cidades brassileiras terem sido erigidos templos exclusivmente para “os homens pretos” como eram denomidos os negros, a exemplo do belo templo erigido no largo do Paissandú, no centro de S. Paulo, conhecido ainda aos nossos dias como a “aIgreja de Nossa Senhora dos Homens Pretos”. Ainda aos nossos dias não há negros em altos postos da hierarquia militar. Em prédios de aparamento o negro só tinha acesso aos elevadores de serviço.
A presença do negro nas universidades era coisa rara e o negro que até lá conseguisse chegar era marginalizado. Motoristas de taxi não paravam seus veiculos para negros. Nas empresas eram a ales reservados os serviços mais humildes, embra a humildade do trabalho não deixe de dignificar o homem. Por volta dos anos cincoenta hávia em S. Paulo um único professor universitário representante da raça negra – o catedrático de direito Prof. Cezarino Jr que lecionava na faulfade do Largo de S. Francisco e havia alunos “brancos” que se retiravam da sala de aula quando ele entrva para lecionar. Os negros que eram aceitos pelos assim denominados “brancos” eram apenas os cantores e jogadores de futebol e ainda assim haviam restrições. Mas esses valorosos negros foram lídimos defensores da sua raça;, no exercício d sua profissão.
Felizmente, e aqui justiça se faça ao ex-presidentte Lula, os tempos começaram a mudar a partir da criação das quotas raciais nas universidades e que, fnalmente foram consagrada pela Presidente Dilma. Não obstante vozes em contráriono prório Congresso. Embora ainda haja restrições aos negros em alguns ambientes, mas o negro já é aceito pela sociedade. São muitos os que já ocupam lugares de destaque em diversas empresas, onde em até berm pouco tempo sua presença era execrada e aos nossos dias até mesmo exercem cargos ao nive de altos executivos.
Mas aos dias dehoje o negro ainda é marrginalizado. Por vezes até por força do hábito. Apenas como um exemplo, nesse último domingo um popular e lider de audiência na TV Globo homenageou o “NEGRO” mas apresentou apenas cantores, atores, esportistas. Nenhuma palavra sequem em homenagem àquele negro que, com com o seu suor, por vezes até com o próprio sangue e a própria vida ajudou,ao lado do nordestino também marginalizado, a construir a grndeza da megalóole que é S. Paulo, só para citar a maior cidade brasileira. Nenhuma palavra de homenagem àqueles negros que hoje esttão construndo com o seu suor a goterjar sobre o concreto as obras destinadas às Copas das Confederações e à Copa 2014, àqueles negros qe ajudam a construir as grandes obras tais coo viadutos e implantação de linhas do Metrô. E issonão ésó em S. Paulo que é aqui apenas um exemplo.
Muito há ainda a se fazer para que o Brasil seja realmente um país que dê à consciência negra tenha seu lugar de merecido destaque.
J.V.Rodrigues

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