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terça-feira, abril 23, 2024

Alta do preço dos alimentos levou a reajuste do Bolsa Família, diz Lula

A crise alimentar, que tem levado a aumentos nos preços do alimentos em todos os países –inclusive no Brasil– levou ao reajuste do benefício do programa Bolsa Família, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no programa de rádio "Café com o Presidente" desta segunda-feira.

"Nós entendemos que a parte mais pobre da população, que ganha uma ajuda para comprar comida para levar para casa e sustentar a família merecia que a gente fizesse a reposição inflacionária", disse o presidente. "Os cálculos foram feitos pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, pelo Ministério da Fazenda e eu achei que dar os 8% de reajuste foi uma boa medida para garantir que as pessoas continuem levando para casa o necessário para comer."

O cálculo do reajuste foi feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social. Segundo Lula, as críticas ao programa são de pessoas que "perderam a sensibilidade". "Aqueles que falaram que era eleitoreiro são pessoas que me parece que perderam a sensibilidade" disse o presidente. "Nós estamos dando o reajuste porque temos condições de dar, porque tem no orçamento dinheiro para dar este reajuste. E nós vamos continuar reajustando o Bolsa Família. Na medida em que puder reajustar mais nós vamos reajustar mais fortemente porque os que recebem o Bolsa Família são a parte mais pobre da população."

O presidente Lula disse ainda que os investimentos do governo no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os das empresas privadas têm ajudado a reduzir o desemprego. "[Esses investimentos] têm dado uma demonstração vigorosa de que nós vamos conseguir reduzir o desemprego muito mais fortemente ainda", disse Lula. "Eu acredito que a partir do ano que vem as obras do PAC estarão já em andamento com muito mais força, com muito mais volume. (…) Isso significa que vai gerar mais empregos."

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) registrou alta de 0,90% em junho. Os alimentos voltaram a exercer maior pressão sobre o índice, com alta de 2,30% (acima do resultado de maio, 1,26%). No ano, acumulam alta de 8,62%. As carnes tiveram maior influência sobre o resultado. A alta de 5,35% deste item acarretou contribuição individual de 0,11 p.p. Segundo o IBGE, o aumento dos alimentos foi generalizado, com destaque para o arroz (+17,09%), batata inglesa (16,79%), tomate (8,60%), macarrão 4,89%), pão francês (+3,43%) e refeição fora (1,55%)leite pasteurizado (+3,48%).

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego no Brasil em maio foi de 7,9%, menor nível para o mês e o segundo menor índice de toda a série iniciada em 2002, acima apenas do verificado em dezembro de 2007 (7,4%).

O número de trabalhadores com carteira assinada, 9,5 milhões de pessoas, não se alterou em relação a abril, mas teve alta de 9,5% na comparação com maio de 2007. A população desocupada diminuiu em 7,5% em maio (ficando em 1,8 milhão de pessoas) em relação a abril e 20,4% em relação a maio do ano passado. A população ocupada (21,5 milhões) não registrou alteração significativa na comparação com abril, mas cresceu 4,6% em relação a maio de 2007.

O rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 1.208,20) caiu 1% na comparação mensal, mas subiu 1,5% no ano. O rendimento médio real domiciliar per capita (R$ 784,73) caiu 1,3% no mês e subiu 5,6% no ano. A massa de rendimento real habitual dos ocupados (R$ 26,2 bilhões) ficou estável no mês e cresceu 7,1% no ano.

Folha Online

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