Sinal vermelho… A apresentação na Rua Fernando Correa da Costa com a Avenida Marechal Rondon, centro de Rondonópolis, é cronometrada. São apenas alguns segundos para entreter e receber o gorjeta dos motoristas. Debaixo de chuva, o malabarista, natural de Rondônia, Reginaldo Lopes, 45 anos, mostra suas habilidades para ganhar a vida no trânsito, já são seis anos se apresentando nos semáforos fechados.
Recém-chegado à Rondonópolis, ele conta que já percorreu diversas cidades brasileiras de bicicleta. “Sempre andei pelo Brasil mostrando a minha arte, eu também sou artesão, faço brincos e colares. Estou vindo de Rondônia e o dinheiro é para garantir a minha ida para São Paulo” contou Lopes.
Em um dia considerado “bom”, o malabarista avalia que consegue ganhar cerca de R$ 100. “Tudo depende do dia, da pessoa, mas tem dia que não está legal. Em seis anos, lembro de que ganhei três notas de R$ 100, uma em Rondônia e duas em Goiás”, recordou o rondoniano.
Além de Reginaldo, é das ruas de Rondonópolis, que muitos artistas têm tirado o sustento. Basta dar uma volta rápida pela cidade para encontrá-los nos principais cruzamentos fazendo malabarismo com bolinhas, facas, pinos, varetas com fogo e apresentações na corda bamba ou até mesmo no picadeiro.
Entre os artistas estão argentinos, uruguaios, bolivianos e brasileiros de outros estados, que optaram pelas ruas como meio de sustento devido à situação econômica e desemprego ou por estilo de vida.
