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sexta-feira, abril 26, 2024

Temer mantém Maggi na Agricultura mesmo após operação da PF

Apesar de reconhecer que as acusações de obstrução de Justiça contra o ministro Blairo Maggi (Agricultura) sejam graves, o Palácio do Planalto decidiu adotar cautela em relação ao caso para proteger o presidente Michel Temer por tabela.
O governo quer dar tempo para que o ministro se explique e vai levantar dúvidas sobre a delação premiada que embasou a operação de busca e apreensão em endereços ligados a Blairo na última quinta-feira (14). Assessores presidenciais afirmam que não há perspectiva de que o ministro deixe o cargo.
O comportamento do Planalto é uma tentativa de blindar Temer, uma vez que o próprio presidente deve ser denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) nesta quinta, pelo mesmo crime imputado ao ministro da Agricultura.
O discurso de auxiliares do presidente é de que a atuação de procuradores, delatores e até do Judiciário contra integrantes do governo é questionável e, portanto, não deve haver pré-julgamento enquanto houver pontos não esclarecidos sobre esses processos.
Blairo é acusado de fazer pagamentos ao ex-secretário de Fazenda de Mato Grosso Eder Moraes para que ele mudasse um depoimento para inocentá-lo em um processo judicial. Segundo o ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), há "veementes indícios" de que o ministro tenha cometido crime de obstrução de Justiça.
As investigações sobre o caso contaram com uma delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), que sucedeu Maggi na gestão de Mato Grosso.

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