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quinta-feira, abril 18, 2024

Antonioni Rabelo – comerciante

O dia do comerciante é comemorado neste mês de julho, especificamente no próximo dia 16. A data é destinada para homenagear todos os profissionais que atuam na área do comércio. Em comemoração a este dia especial, o jornal Folha Regional realizou uma entrevista com o o comerciante Antonioni Goulart Rabelo, 39 anos, que tem uma história de tradição em Rondonópolis. Na entrevista, ele fala desde sua origem até o desenvolvimento da panificadora em Rondonópolis. Antonioni Goulart Rabelo, 39 anos, é natural de Ituiutaba (MG), mas é praticamente um filho de Rondonópolis. “Na época em Mato Grosso, o Sistema de Saúde não era o melhor do Brasil, fui para Ituiutaba para nascer e depois de seis meses eu vim para cá,” explicou. Filho de um mineiro de Araguari e uma goiana de Itumbiara, ele conta que toda a sua família é da região de Ituiutaba (MG). Em 1976, o pai a convite dos irmãos decidiu sair em busca de melhores condições de vida tendo estabilizado em Mato Grosso, onde nasceu a sociedade Irmãos Rabelo. Saiba um pouco mais dessa história na entrevista abaixo. 1. Folha Regional – O que levou seu pai a vir para Rondonópolis? Antonioni – Os outros irmãos dele tinham começado a vida aqui e no meio das conversas entre eles, eles estavam falando que aqui é lugar de oportunidade que estava crescendo, como ainda hoje, e eles vieram para cá trabalhar no ramo alimentício. Sempre mexeram com padaria, eles pararam e ficou só o meu pai. 2. Folha Regional – Há quanto tempo tem a panificadora? Antonioni – A Pão Doce Pão desde 1986, a Irmãos Rabelo desde 1977. Meus tios criaram a Sociedade Irmãos Rabelo e depois desfizeram a sociedade, foi onde nasceu a Pão Doce Pão que existe até hoje. 3. Folha Regional – De onde surgiu o nome Pão Doce Pão? Antonioni – O nome remete aquela expressão “Lar Doce Lar”. 4. Folha Regional – Desde quando você trabalha na panificadora Pão Doce Pão? Antonioni – Desde os meus 13 anos, eu acho que nasci dentro disso, dentro de uma panificadora, meu berço era um jacá de pão. Através desse ramo, eu tive muitos benefícios em questão de qualidade de vida, de educação e em questão de relacionamento pessoal só me fez ficar cada dia mais ficar apaixonado pela profissão, por esse comércio, estar todos os dias conversando com uma pessoa, mesmo que você tenha problemas, passando por um momento economicamente legal, mas você não tem uma rotina. É sempre desafiador porque não é todo mundo que gosta do que você faz, tem que mostrar uma coisa nova, mostrar o que é, uns gostam outro não. 5. Folha Regional – O que mudou na padaria ao longo destes anos? Antonioni – A gestão na hora de trabalhar e atender, isso eu acompanhei nesses anos de profissão, antigamente nós tínhamos outro tipo de pedido, agora são outras coisas que os clientes pedem anos atrás as compras eram de rancho, a pessoa comprava para a semana, para o mês, hoje em dia já não é mais assim, as compras são mais pontuais, a compra é para o dia apenas, não tem necessidade de estocar. 6. Folha Regional – Por que sua família escolheu o ramo alimentício? Antonioni – Eu acho que o pessoal de Minas e Goiás tem uma tradição muito grande de cozinha, se você vai à casa de um goiano ou de um mineiro, tradicionalmente você vai ter um café, um biscoito de polvilho, uma peta, um pão de queijo e aqui no Mato Grosso não tinha isso na época, então era uma oportunidade para ganhar dinheiro e começar a vida. 7. Folha Regional – A padaria sempre foi neste endereço? Antonioni – Sempre, localizada na Ponce de Arruda, no centro da cidade. A estrutura era bem diferente, tínhamos seis portas, estacionamento para carros, as coisas foram mudando, mudando bastante e fomos adequando, antigamente, por exemplo, não havia a necessidade de mesa e cadeira dentro da padaria, era caracterizada como boteco, hoje em dia não, é considerado como uma área de cafeteria. 8. Folha Regional – Qual o diferencial de vocês? Antonioni – Todo mundo diz que é o nosso crossaint, a gente faz essa massa folheada, que na verdade é um item de confeitaria e todo mundo diz que ele tem um elemento surpresa que não é igual aos outros, esse é o grande diferencial em alimentos. Em questão de atendimento nenhum outro comércio na cidade no ramo alimentício está aberto à quantidade de horas como o nosso está. Nós abrimos às 4h e fechamos às 22h, de domingo a domingo, e não fechamos nenhum dia no ano, não fechamos no Natal e no 1º dia do ano e também não. Nós fizemos uma tentativa de deixar a padaria aberta 24h, mas não deu certo, por conta da segurança. 9. Folha Regional – O que tem novidade na panificadora? Antonioni – Hoje nós servimos um almoço rápido para as pessoas que trabalham aqui perto e não querem gastar dinheiro com gasolina. O almoço rápido é um ovo, arroz, um bife e uma salada, coisa ligeira, e na parte da noite fazemos quatro tipos de caldos, que é uma tendência de panificadora em outros locais. 10. Folha Regional – Hoje você é quem comanda a panificadora? Antonioni – Sim, já herdei do meu pai, ela está comigo há uns dois anos. 11. Folha Regional – Quais atividades contribuíram para melhorar a sua qualificação profissional? Antonioni – Em gestão de pessoas fiz treinamento no Sebrae, na parte de panificação fiz cursos também no Senai, fora isso aprendi muitas coisas com meu pai que é um mestre na área, e na parte técnica sou bacharel em Direito e Administração. 12. Folha Regional – Qual a dica que você dá para quem está começando e quer ser um empreendedor? Antonioni – Uma coisa que aprendi no Sebrae uma vez que é “vai fazer”, claro que tem que planejar um pouco, ter uma margem de segurança, mas fora isso, você tem que fazer. Bater a cara na parede algumas vezes, você vai aprender bastante coisas, 90% dos problemas nós podemos enumerar, podemos visualizá-los, mas passar por eles, só aqueles que tentam mesmo.

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