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sexta-feira, abril 19, 2024

Do olho nas privatizações

As privatizações que mudaram a rotina da máquina pública no Brasil na década de 90 devem estar de volta ainda este ano e com uma maior voracidade ainda, o Governo Federal vê como uma das saídas para a crise que o país passa uma injeção para que a iniciativa privada compre empresas estatais.
Na verdade, o presidente Michel Temer já anunciou um grande programa de privatização que vai atender a demanda de aeroportos, saneamentos, exploração de poços de petróleo, e outros setores. No ano passado, neste mesmo espaço, a Folha Regional, previu que este momento iria chegar, pois trata-se de uma política do Governo para o fechamento de contas e nada mais natural do que privatizar empresas estatais.
A questão é que temos bons e maus exemplos de privatizações no Brasil nas últimas décadas, temos reconhecer que houve acertos como ,por exemplo, a privatização da deficitária Embraer foi benéfica para o país. Pois, o governo federal se livrou de uma empresa que dava prejuízos e ainda ganhou dinheiro com a venda. No entanto, hoje a Embraer é uma empresa sólida e com muita lucratividade nas mãos da iniciativa privada, algo que dificilmente poderia ocorrer com a empresa nas mãos do governo, pois não havia ambiente por parte do Governo propício para investir em uma empresa de aviação, o quadro revelava maiores investimentos em outros setores.
Por outro lado, a população sentiu também o peso de uma política de privatização equivocada no caso das concessionárias de energia elétrica, sem a mão firme do governo, o setor desandou trazendo prejuízos principalmente para o usuário, que pagou uma conta maior por um serviço de qualidade inferior ao que era nas mãos do estado. Hoje, a reclamação do setor é quase que diária em quase todas as unidades da Federação, onde a energia foi privatizada no passado.
O que está claro que há que serviços onde a privatização gera prejuízos menores ao cidadão do que outros. Privatizar a água, saúde, transporte, energia e educação são prenúncio de problemas para o contribuinte, porém há outros setores onde a privatização pode ser a solução, para evitar erros temos na verdade é que torcer que o governo tenha em mãos estudos reais do impacto de cada privatização na vida de quem mais precisa o contribuinte que é quem no final deve pagar a conta.
Ao todo neste primeiro momento mais de 25 empresas estatais devem passar por um processo de privatização. Na verdade, na esteira do governo federal vêm privatizações de setores de economia dos estados e também dos municípios, o que de fato pode gerar preocupações, pois não sabemos a real capacidade de estudos e impactos de uma privatização em unidades menores da federação.

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