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sábado, abril 27, 2024

Não podemos ser a Grécia

Estamos nos aproximando de um dos maiores eventos esportivos do Mundo, trata-se dos jogos olímpicos que vão começar em menos de 20 dias e tem como sede a cidade do Rio de Janeiro.
Como todos nós sabemos, o Brasil pela primeira vez vai sediar os jogos e ,no entanto, fica a pergunta: até que ponto isso é bom para o Brasil?
Na verdade, a resposta para essa pergunta é complexa, previa-se em um primeiro momento que com os jogos olímpicos, os investimentos no esporte em todas as esferas do país aumentassem e o Brasil, enfim, passaria a entrar no seleto grupo das grandes potências do esporte.
Pelo que se viu até agora um ledo engano, pois não evoluímos como nação esportiva, por vários motivos, o primeiro é óbvio, não se forma grandes atletas da noite para o dia. O esporte, para dar certo, deve ao menos pensar em seguir o modelo americano, onde a prática esportiva está diretamente atrelada à educação. Os grandes atletas americanos, não são formados nas ruas sem infraestrutura e sim nas maiores e principais escolas e universidades americanas.
A Olímpiadas também não trouxe investimentos em infraestrutura como se imaginava, na verdade o investimento ficou aquém do esperado, a baía da Guanabara, por exemplo, que havia a promessa de recupera-la na totalidade não vingou da forma esperada.
Fora isso o que o preocupa são os investimentos públicos nestes jogos e o reflexo dos mesmos no dia-a-dia do brasileiro. Pois como sabemos em termos desses eventos esportivos quase tudo é financiado pelo governo federal e uma hora a conta vem para que nós possamos pagar e desta forma, com certeza o povo deve ficar com o prejuízo.
É importante lembrar que Athenas, capital da Grécia, foi sede dos jogos em 2008, e o que se viu foram gastos acima da capacidade de pagamento do governo grego e o resultado foi uma crise sem precedentes que abalou a Europa e de quebra deixou o país em uma péssima situação econômica, onde até hoje os índices gregos de desemprego e inflação são desesperadores.
Nos resta torcer para os nossos atleta e para que não passemos a ser uma nova Grécia ao fim dos jogos do Rio. Eis o momento de pensarmos de forma profunda no custo/benefício de sermos sede de um megaevento esportivo.

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