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Rondonópolis
quinta-feira, abril 18, 2024

A união em torno de um sonho

O anúncio feito pelo Palácio do Planalto, que vai encaminhar ao Congresso Nacional, o projeto de Lei da criação da Universidade Federal do Cerrado, a UFCer, é talvez a grande notícia do ano para a realização de um dos sonhos mais antigos dos rondonopolitanos. O ato significa, na prática, o derradeiro passo para a autonomia do campus local, que passaria a ser totalmente independente de Cuiabá, criando ainda mais condições de crescimento e de investimentos e ainda com a possibilidade de trazer à nossa cidade novos cursos e por fim ajudar ainda mais no desenvolvimento de toda essa região onde Rondonópolis está inserida.
Mas a importância dessa notícia vai além, pode sim, transformar a nossa cidade em um dos principais polos de educação do Centro-Oeste e do País, atraindo ainda mais instituições com cursos de excelência e ainda garantir investimentos de outros setores que acabam acompanhando o crescimento, como por exemplo, o setor de serviços e principalmente a indústria, que prefere investir em regiões onde tenha mão de obra qualificada, ou em condições de formar bons profissionais.
O setor de serviços deve crescer em proporções exponenciais, pois ao redor de uma grande instituição de ensino precisa de mais hotéis, restaurantes, padarias, livrarias e muitos outros investimentos que a iniciativa privada deve garantir.
No entanto, é preciso destacar que houve sim uma grande mobilização política para que o projeto chegasse a esse ponto, toda a bancada federal de Mato Grosso se uniu em torno desse trabalho, algo digno de aplausos e que mostra que quando há união em prol de um único projeto a sonho de fato, fica mais perto, de virar realidade.
Pelo visto não houve briga de egos ou guerra de nervos entre os nossos parlamentares, houve sim uma grande solidariedade em torno do maior vitorioso dessa decisão do Governo Federal, que é povo da nossa cidade e região.
Também não podemos nos esquecer do trabalho que está sendo feito há décadas pelos diretores, professores e servidores da UFMT em torno desse projeto. Percebe-se também que houve um grande envolvimento da comunidade acadêmica em torno da criação da UFcer.
Não podemos e nem devemos deixar apagar o trabalho do professor Antônio Vicente, o Tati, que foi talvez, um dos maiores símbolos dessa luta pela emancipação do campus. Uma pena, no entanto, é ele não estar vivo para ver esse projeto ir à frente e virar uma realidade. Tati faleceu recentemente sem ver a UFcer de fato sair de papel, porém deixou a semente para que estamos vendo nos dias de hoje.
Talvez, uma valorosa homenagem aos anos dedicados à educação e também à UFMT seria sim colocar o nome do campus local de Professor Tati, esse seria o mínimo de reconhecimento não só pelo trabalho dele e sim de todos que se envolveram nessa construção desde o mais humilde servidor da Universidade até a Presidente da República, sem sombra de dúvidas estamos diante de uma conquista histórica.

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