A situação da infraestrutura do nosso Estado, principalmente no que tange os setor de transportes, evoluiu nos últimos anos e foi tema de debates neste espaço deste jornal.
No entanto, apesar das evoluções e dos investimentos feitos no setor, sabemos e temos consciência que estamos atrasados e em alguns casos em pelo menos 100 anos.
Um exemplo claro disso são as ferrovias, que em grandes países desenvolvidos como o caso dos Estados Unidos é uma as principais válvulas de escapes da produção. No entanto, as ferrovias brasileiras estão atrasadas e ainda mais em nosso estado.
Vale lembrar que depois de décadas que as ferrovias chegaram ao estado de São Paulo, ligando o interior paulista ao porto de Santos, os trilhos que desde o século passado cruzaram o Sul e Sudeste do Brasil, somente chegaram a Rondonópolis nesta década, ou seja com um atraso de quase 100 anos e as perspectivas de outras ferrovias em Mato Grosso ainda não saíram do papel, o que nos faz pensar que vamos aguardar longos e longos anos, para vermos outros terminais e outros ramais.
Vale destacar que essa espera gera prejuízos e encarece a produção e temos que analisar é que preciso fazer ferrovias para outras rotas, principalmente ligando o nosso estado ao Pacífico e ao Norte do País, aproveitando os portos do Pará e do Chile.
No caso do Pacífico, a Ferrovia baratearia e muito o transporte dos nossos grãos para os nossos maiores clientes que são os chineses, a distância em que a soja percorre seria bem menor e com isso o preço final do produto ficaria muito mais competitivo do que nos dias de hoje.
Por outro lado se já há uma burocracia em uma ferrovia cortando um estado brasileiro imaginem uma ferrovia cortando países da América do Sul, sem dúvida trata-se de uma espera que deve durar algumas décadas.
As nossas rodovias também estão atrasadas se formos comparar com as estradas que cortam os estados de Goiás e São Paulo. Com toda a certeza agora que estamos vendo, mesmo que a passos lentos as nossas estradas mais movimentadas sendo duplicadas e algumas que antes nem asfalto tinham e hoje contam.
Porém , mais uma vez, temos que lembrar que a duplicação principalmente no trecho entre Rondonópolis e Cuiabá está vindo tardiamente, esse era um trabalho que deveria estar pronto desde o final do século passado.
Por essas razão podemos consideram que apesar de passos lentos evoluímos como nunca, mas para nossa tristeza no setor de infraestrutura pública para o transporte estamos atrasados como sempre.
Já é passada e muito a hora de mudarmos esse conceito, temos que estar, devido à nossa produção, a frente do setor e não correndo atrás do desenvolvimento de outros estados e países.
O dia em que conseguimos resolver a questão da logística do nosso transporte, estaremos enfim em condições de ver nossa economia chegar ao topo e o Mato Grosso virar finalmente um estado de ponta em todos os setores.
No entanto, isso depende do poder público e um uma grande articulação de todos os setores da nossa sociedade.
