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sexta-feira, abril 19, 2024

Dilma, Color, Itamar, Temer e a crise

O período de crise econômica e política em que o Brasil passa fomenta a cada momento dentro da classe política e também em torno da população a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff, fato que não seria novidade, pois o atual senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello, há mais de 20 anos já foi afastado do Poder.
O impeachment para ilustrar esse espaço é nada mais que um ato de tomada de providências por parte do Poder Legislativo sobre uma alta autoridade diante da confirmação de crime de responsabilidade.
Além da presidente e detentores de cargos eletivos, autoridades dos demais poderes correm o risco de sofrer esse tipo de processo.
No caso de Collor em 1992, ele se afastou do Poder em razão de um escândalo de corrupção envolvendo o então presidente e o seu ex-tesoureiro de campanha, o já falecido empresário Paulo César Farias, o PC Farias.
No entanto, o Brasil vivia naquele período uma grave crise política e uma crise financeira mediana perto da que vemos hoje. Havia inflação e dólar alto, no entanto, existiam perspectivas de melhoras do cenário, principalmente no contexto do controle da inflação.
De fato, a saída de Collor, foi salutar ao país, pois a entrada do seu vice Itamar Franco, contribuiu e muito para a melhorar dos indicadores do Brasil. Inteligente e articulado, o “homem do topete” como era conhecido Itamar, conseguiu formar uma eficiente base de sustentação no congresso, com o apoio do PSDB, que inclusive indicou Fernando Henrique Cardoso para o cargo de Ministro da Fazenda e de quebra criou o plano real que estabilizou a economia.
Itamar foi mais longe, assumiu o cargo de presidente, demonstrando desinteresse em propostas mais amplas de poder como a reeleição que não existia na época, mas ele poderia fazer assim como fez Fernando Henrique, mandando uma proposta para o Congresso Nacional.
Na atual conjuntura, vivemos uma crise política até maior se comparada à era Collor, mas, por outro lado, há a clareza que a economia em decadência está neste momento sendo o fator preponderante para que a popularidade da presidente Dilma fique muito em baixa como está.
A economia capengando aliada a corrupção virou uma espécie de receita ideal para a cassação de Dilma. No entanto, se a economia estivesse bem das pernas , mesmo diante de todos esses escândalos, com toda a certeza não haveria uma movimentação em torno de um pedido de afastamento de Dilma.
O que de fato ocorre nos dias de hoje é que Dilma perdeu o controle da economia e do comando político do país e por isso vive esse momento de tensão.

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