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quinta-feira, abril 25, 2024

Excluídos, Santos e Pátio fazem acordo por fora

Contrariando a direção estadual do PMDB, sob o cacique Carlos Bezerra, o deputado Zé do Pátio e o prefeito Wilson Santos (PSDB) fecharam um acordão independente. Em nova reunião no decorrer da semana, ambos acertaram o seguinte: presidente regional do PSDB, Santos vai a Rondonópolis fazer campanha para Pátio, que polariza a disputa contra o prefeito Adilton Sachetti (PR). Já Pátio assumiu o compromisso de retribuir, ou seja, subir no palanque do tucano em Cuiabá, mesmo o PMDB rompido com o Palácio Alencastro.

O curioso é que tanto Pátio quanto Santos vão enfrentar eleições difíceis e, mesmo sob risco de serem engolidos pelos adversários, vão se deslocar ao município do outro para reforçar o palanque, o que deve contrariar ainda mais o deputado Bezerra, um cacique que ronda o Palácio Alencastro e também a Prefeitura de Rondonópolis, a qual já comandou por 3 mandatos.

Em Cuiabá, o PMDB chegou a selar aliança com o tucanato e emplacou diretores na Sanecap e ficou com a presidência do Cuiabá-Prev. Quinze dias depois resolveu romper e cair nos braços do pré-candidato do PR, empresário Mauro Mendes. Como havia acordo para PMDB e PSDB estarem juntos na Capital e em Rondonópolis no pleito deste ano, criou-se, então, impasse em Rondonópolis.

Numa estratégia para dividir o PMDB, Santos, na condição de presidente da sigla tucana, convenceu o ex-governador Rogério Salles, que já havia desistido da pré-candidatura a prefeito, a manter o recuo e também a aliança com Pátio. Assim, o impasse em Rondonópolis foi contornado. Perguntado sobre o assunto, Santos disse que "o PSDB vai honrar o compromisso. Eu vou a Rondonópolis e o Zé do Pátio vem a Cuiabá".

O prefeito tucano fez rasgados elogios a Pátio. Segundo ele, trata-se de um pré-candidato que "está maduro, já foi secretário municipal (de Obras), é engenheiro civil e fez pós-graduação em gerência de cidade. "O Zé do Pátio tem uma das principais características que a sociedade valoriza e aprova muito: é honesto. Isso faz a diferença".

Santos, que já está em pré-campanha à reeleição, evitou polemizar sobre as razões que levaram o PMDB a romper com sua administração. Limitou-se a dizer que terá voto dos peemedebistas. "Creio que muitos peemedebistas que conhecem a minha trajetória e que acompanham a nossa gestão vão estar conosco na campanha". Segundo o tucano, apesar da aliança institucional entre o PSDB e o PMDB não ter sido possível, fez um acordão com Pátio que ele denomina de "pacto da ética e da moralidade".

Santos e Pátio representam hoje as principais ameaças nas urnas à turma da botina, grupo do governador Blairo Maggi. O primeiro enfrenta em Cuiabá o empresário Mendes, apoiado pelo rei da soja. Em Rondonópolis, Pátio briga contra Sachetti, outro compadre do governador.

Autor: RDNews

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